ago 11, 2017

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Só 6% das lâmpadas fluorescentes têm descarte correto

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Das mais de 200 milhões de unidades de lâmpadas fluorescentes que são consumidas anualmente no Brasil, apenas cerca de 6%, ou 12 milhões, recebem destinação correta – o que inclui a retirada do mercúrio e a reciclagem de seus componentes, como vidro e alumínio.

Atualmente, a falta de uma estrutura de coleta para que o consumidor leve suas lâmpadas e o pequeno número de empresas capacitadas para realizar a destinação correta do material são os grandes desafios. Em todo o País, não existe mais que uma dezena de empresas licenciadas para reciclar o material.

“A demanda existe, mas há poucas empresas que se dedicam a essa atividade porque é baixo o valor de mercado para os resíduos do processo de descarte de lâmpadas fluorescentes. E isso inibe as empresas”, afirma Plínio Di Masi, diretor-geral da Naturalis Brasil, recicladora de lâmpadas de Itupeva (SP).

Segundo outro reciclador, a Tramppo, em Cotia (SP), que tem cerca de 400 clientes, entre eles o Metrô de São Paulo, a demanda pelo serviço de descontaminação e reciclagem de lâmpadas vem crescendo fortemente nos últimos anos. “Nossos clientes, em sua maioria, são empresas que possuem programas de gestão ambiental e precisam dar destino correto a esse tipo de resíduo”, diz Carlos Alberto Patchelli, diretor da Tramppo.

O Estado de São Paulo ainda precisa concluir a regulamentação da Política Estadual de Resíduos Sólidos, que vai impor metas de reciclagem para determinados tipos de resíduos, como pilhas, embalagens de agrotóxicos e lâmpadas. A definição das metas deveria sair até o dia 31, mas, segundo o secretário adjunto de Meio Ambiente de São Paulo, Casemiro Tércio Carvalho, o prazo para que a indústria se adapte à coleta das lâmpadas nos pontos de venda deve ser prorrogado até fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Lei que dá destino a embalagens e resíduos industrializados não pegou

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Tramppo Gestão Sustentável de Lâmpadas

No Brasil, a lei que deveria dar um destino a embalagens e resíduos de produtos industrializados completa, em agosto, sete anos, e ainda não pegou.

Todas as lâmpadas deveriam parar em lugares apropriados para separar o metal, o vidro, substâncias tóxicas, como o mercúrio com segurança. A empresa recicla 300 mil lâmpadas fluorescentes por mês e já instalou uma máquina nova, ainda em testes, para triplicar a capacidade de processamento.

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“Com certeza, estamos esperando, preparados”, disse um homem.
A esperança passa pelo acordo fechado com o governo pelo setor de lâmpadas, dentro do que prevê a Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Um dos raros acordos em vigor, sete anos depois da lei ter sido sancionada. Ele tem a adesão de 65 empresas e prevê a criação de quase quatro mil pontos de coleta, em todo o país, para ampliar o percentual de reciclagem desse material, que hoje não passa de 5%.

“A nossa meta é de atingir 20% das lâmpadas colocadas no mercado até o ano de 2021”, afirmou o gerente de operações William Wagner Gutierrez.

A falta de acordos com outros setores só agrava o problema dos lixões, que as cidades, pela lei, precisam eliminar. Não há quase nada decidido sobre eletroeletrônicos, medicamentos, embalagens, a chamada logística reversa, em que fabricantes e distribuidores se responsabilizam pela coleta.

“Nós estamos saindo de um sistema irregular, de um sistema inadequado e precário, que mata gente todo ano, e queremos ir para um sistema avançado. Isso tem um custo, que precisa ser justamente remunerado por todos os usuários”, explicou Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e de Resíduos Sólidos.

Calculando assim, sem exagero, qual o consumo de leite de uma família de quatro pessoas? Um litro por dia? Sete por semana, 30 por mês, em um ano, 365. Esse é o recado que um grupo de ativistas de São Paulo levou para uma empresa responsável por esse montão de vasilhames. Duas representantes foram recebidas. Junto com os sacolões, entregaram uma carta com elogios ao leite. Só ao leite.

“A gente é um consumidor satisfeito com o produto, mas não com a embalagem. Que eles se ocupem efetivamente da reciclagem desse material que eles estão pondo no mercado ou que eles troquem o material por um material menos nocivo ao meio ambiente como o vidro, por exemplo”, declarou a jornalista Carolina Tarrio.